A importância dos partidos e a intervenção dos cidadãos

 

Os partidos políticos no mundo e nomeadamente em Portugal desempenham um imprescindível papel na construção do Estado de Direito Democrático e na consolidação das nossas liberdades colectivas e individuais. É comum dizer-se que não existe democracia sem partidos políticos.

Os partidos políticos são, portanto, um marco da democracia representativa no nosso país e veículos da própria democracia.

Os partidos têm um conjunto de regras e procedimentos. Os partidos organizam, dão corpo e voz à vontade que os cidadãos têm para a política. Eles são, assim, neste aspecto essenciais e de toda a relevância. Os partidos responsabilizam e são responsabilizados.

Os partidos são, também, instrumentos de transformação social e de formação, agregando forças e vontades, formando lideranças e preparando-as para o exercício do bem comum.

Nos países mais desenvolvidos leva-se muito em consideração o conteúdo programático e a sua matriz ideológica.

Em países subdesenvolvidos impera a personificação do candidato. Isto é a personalização do voto baseado no candidato, sem conteúdo programático ou ideológico, sem o escrutínio do mérito e sem se  aferir da sua condição ética e de irrepreensível honestidade para concorrer a um determinado cargo público.

Sem a ideologia o debate político perde sentido. Ficam os interesses individuais, na maioria das vezes ocultos, em que o mau político carrega consigo uma aparência de humildade fingida recorrendo, muitas das vezes, à vitimização, à demagogia, ao populismo, à insinuação e à mentira.

Os cidadãos, na sua maioria, sabem que os partidos políticos são a ferramenta adequada para o cidadão participar, debater, criticar, reivindicar, defender e propor ações visando o bem comum e o desenvolvimento da sua terra e do seu Concelho. Abertos a todos e a quem se lhes quiser juntar de acordo com as suas preferências e opções de pensamento.

Há, no entanto, quem assim não pense, como há quem diga mal dos partidos e quem se diga, até, desconfortável com a sua existência. Muitas das vezes são agremiações de um ex-qualquer coisa, ressabiado por não lhe terem prestado a vassalagem que julgava merecer.

É preciso perceber, também, que essa ideia que se tenta passar da má imagem dos partidos é originada pela má prática de alguns (parte). Pessoas que pela sua conduta não prestigiam o partido e que tentam apagar os relevantes serviços que os partidos prestaram e prestam a Portugal e ao desenvolvimento das instituições democráticas.

Essa contaminação do todo pela (parte) tende a ser explorada na tentativa infrutífera de desvalorizar os militantes e simpatizantes dos partidos e deixar a percepção de que são organizações dispensáveis à sociedade. Nada de mais errado.

Num quadro repleto de contradições a tentativa de descredibilização dos partidos e da política tenta sobretudo alterar a forma mantendo, no entanto, o seu conteúdo. Partindo da ilusão de que não houve passado e de que agora é que é, despem-se as anteriores cores, arranja-se um novo nome, juntam-se algumas letras em slogans baratos que antes não colhiam, alinhavam-se demagogicamente algumas propostas populistas e no fim todos percebemos que as coisas não são assim tão diferentes. Não é mais do que uma má cópia da lógica partidária, quase sempre no seu pior e protagonizada muitas das vezes por desempregados da politica preteridos pelas suas estruturas partidárias e que procuram vingar-se de contendas internas.

Como escreveu Francisco C. Branco “Em Portugal são os partidos que nos ligam às suas ideias, à forma de criar um pensamento e à solução que têm para um determinado problema. Considero mesmo que sem partidos políticos, Portugal seria uma Republica………..mas das bananas!”

 

 

 

6 comentários

  • António Silva's avatar

    Á gajos que são profissionais nisto das eleições já se candidataram em 2009 pelo PS e todos unidos levaram uma abada agora aparececem sozinhos e divididos e o que é que esperam se não perder ainda por mais.

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  • Manuel Carlos's avatar

    A montanha pariu um rato. Os dissidentes já começaram a abndonar o barco e muitos já não cosntam nas listas que foram apresentadas no dia 7 no tribunal. Lá tiveram de arranjar à pressa uns substitutios que não se sabe se ainda seguem o caminho dos outros.

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    • Jorge's avatar

      E o caricato é que querem fazer dos outros parvos ao dizerem que ainda tiveram de tirar pessoas. A mentira tem perna curta e basta ver as folhas e as fotografias que tiraram delas para se ver a descarada mentira que só serve para enganar os próprios. Mas pior basta falar com as pessoas e ouvir o que dizem se estavam e porque já não estão. O Karma é lixado. Há pessoas que nunca aprendem

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  • Fernando Pires's avatar

    Parace que o que anda a falar de sondagens é o mesmo que tinha também uma que dizia que o PS de Manata ganhava com 70% . e afinal levou e bem para tabaco. Há métodos que nunca esquecem.

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  • Verissimo Andrade
    Verissimo Andrade's avatar

    Não faltam aspirantes ao lugar de Presidente. Partidos, coligações e dissidentes zangados com os partidos e que procuram vingamça.Vai er bonito.

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    • Silveiro's avatar

      Antigamente eram os vira casacas hoje serão candidatos pretensamente independentes que não passam de dissidentes e que com isso pretendem dar guarida às suas ambições, fazendo-se de coitadinhos e de vitimas e que a dada altura procuram numa atitude revanchista e ressabiada concorrer contra quem sempre os apoiou..É uma chatice quando o tacho não chega para todos.

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