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CONSTRUIR UM PRESENTE E UM FUTURO

Construir um presente e um futuro sólidos e credíveis apenas poderá ser feito com a força de todos. Dos mais jovens e dos mais velhos, muitas vezes esquecidos e sobretudo silenciados por quem deles pouco se lembra, a não ser em alturas dos votos.

A grande aposta de Figueiró dos Vinhos terá, nos próximos anos, de ser na afirmação quer das novas gerações, garantindo que estas assumam o seu papel, como verdadeiro motor da tão necessária inversão de rumo do concelho, quer aproveitando o conhecimento das gerações mais velhas e o seu saber de experiência feito.

É tempo, pois, de nos começarmos a preocupar com a qualidade da nossa governação e com as medidas que todos os dias são colocadas em prática que influenciam as vidas de mais novos e mais velhos e que deviam fazer com que estes se revejam mais no seu próprio concelho.

Mais do que nunca, é preciso consolidar-se a ideia de que Figueiró dos Vinhos é um concelho uno e inclusivo, onde até o habitante mais ausente, mas não menos significante tem uma palavra a dizer acerca do que se vai ou não fazendo em prol da sua terra

SEGUIMOS JUNTOS!

quando em setembro de 2021 iniciei aqui no Facebook a minha participação cívica em prol de um concelho melhor – vila e freguesias – referi, logo, que o fazia porque gostava do meu concelho e que não desistia dele.

Paralelamente como Figueiroense que sou, e orgulhoso de o ser, tenho procurado, também, transmitir uma visão de futuro, com propostas, sugestões e soluções para melhorar o concelho, ancoradas no saber de experiência feito, no orgulho do nosso passado e na vivência do nosso presente. São mais de 350 posts com a minha visão do concelho, do que é e do pode vir a ser.

Assumi este desafio, mais ninguém o faz publicamente, como um exercício de cidadania, incentivado e apoiado por muitos e onde todos são bem-vindos. Uns gostam, outros criticam o rumo, mas sou eu com as virtudes que possa ter e os defeitos que não evitei.

Figueiró dos Vinhos – vila e freguesias – é a razão de ser da minha intervenção. Quero sempre mais e melhor. Por isso sou atento ao que de bom e de menos bom acontece por aqui.

Apoiar o que está bem. Chamar a atenção para o que está menos beml, porque só com olhar crítico e reconhecendo as nossas fragilidades, erros e omissões podemos melhorar.

Agradeço profundamente a todos os que leem, comentam e partilham o que escrevo e que, também, contribuem, à sua maneira, com os seus gostos e opiniões assertivas de querer o melhor para Figueiró. E isso também me ajuda a perceber o que pensam, o que querem e a melhorar e enriquecer as propostas que tenho para um concelho melhor e mais desenvolvido.

Termino agradecendo, mais uma vez, a todos e a cada um com a esperança de que continuem a vir aqui, a dar a sua opinião para que possamos ter um concelho melhor, moderno, com mais emprego e oportunidades para todos.

Seguimos juntos para mais um ano.

Obrigado.

CONSTRUIR UMA SOCIEDDAE MAIS JUSTA

Todos nós sabemos que existem desigualdades e injustiças, e não raras vezes nos deparamos com elas. Mas também devemos saber que é nossa responsabilidade combatê-las.

Acredito que uma sociedade verdadeiramente justa e equitativa é aquela em que todas as pessoas têm as mesmas oportunidades de sucesso e prosperidade. Isso significa que precisamos de trabalhar para garantir que todas as pessoas tenham acesso a recursos e serviços básicos, como a educação, a saúde, o emprego, a habitação, … a cultura.

É necessário combater a desigualdade econômica para assegurar que todos tenham uma vida decente e digna. Isso pode ser alcançado, nomeadamente, por meio de políticas públicas que garantam mais emprego e emprego de qualidade, salários justos e proteção social para os mais vulneráveis e que mais precisam.

Devemos exigir que a governação local e as suas políticas não discriminem ninguém.  Pessoas ou grupos. Precisamos, ainda, de exigir que todas as pessoas sejam tratadas com dignidade e respeito, independentemente de quem são ou de onde vieram.

A construção de uma sociedade mais justa e equitativa não é, pois, apenas responsabilidade de quem governa. É também nossa. Também nós devemos fazer a nossa parte para criar uma cultura de igualdade e respeito para com todos. Podemos começar por fazer isso ao combater os discursos de mesquinhez, de ódio e de discriminação que vamos ouvindo e trabalhar para construir pontes em vez de discriminar e afastar.

Precisamos, ainda, de ter a consciência que a construção de uma sociedade mais justa e equitativa é um trabalho contínuo. Dos poderes públicos – governo, câmaras, juntas, instituições – e nosso enquanto cidadãos responsáveis. Mas este desiderato não é algo que possa ser alcançado da noite para o dia. Devemos, pois, estar comprometidos em fazer a nossa parte todos os dias, para garantir que nossos filhos, a nossa família, os nossos amigos possam crescer e viver num mundo mais justo, mais fraterno, mais tolerante e mais equitativo. Só assim vale a pena.

Obrigado.

HAVER MAIS EMPREGO e CRIAÇÃO DE RIQUEZA

Figueiró dos Vinhos é um dos concelhos do distrito onde a falta de emprego é notória o que tem levado muitos Figueiroenses a procurar trabalho em outros concelhos ou até a emigrar. Em abono da verdade o mal não é de hoje, mas a situação não tem melhorado nos últimos anos.

A população do concelho vem a diminuir ano após ano, não há um número significativo de novas empresas que criem emprego (basta dizer que as maiores empregadoras do concelho são as IPSS e a câmara municipal) e por via disso as pessoas vão-se embora à procura do que aqui não há.

Mas, Figueiró dos Vinhos tem condições para ser mais do que é hoje em termos de atração de investimento e captação de novas empresas. Figueiró tem hoje o “Centro Investe” estrutura de referência do Município perfeitamente qualificada para fazer nascer e apoiar empresas. Mas só isso não chega.

A procura de novos investimentos que potenciem a criação de riqueza no concelho e, consequentemente, a criação de novos postos de trabalho é algo que tem de merecer da parte política a prioridade das prioridades e uma constante diária, porque as empresas e os investimentos não vêm cá ter. É preciso sair da zona de conforto e ir à procura deles. Olhe-se para os concelhos vizinhos de Ansião, mais litoral, ou Sertã, mais interior, para constatar a diferença abismal que nos separa destes dois concelhos.

Medidas avulsas ou anúncios diversos por si só não resolvem o problema. É necessário criar condições e transmitir confiança aos pequenos e médios empresários, para que estes invistam, criem riqueza e postos de trabalho. Apoiar os cá estão e captar novos.


A formação de trabalhadores é também uma peça essencial neste assunto por que a sua qualificação pode ser determinante para captar investimento e novas empresas.

Oxalá que o polo da Escola Profissional Agostinho Roseta, junto aos Bombeiros, possa dar uma ajuda na empregabilidade tanto mais que responsáveis políticos têm afirmado, por diversas vezes, e voltaram a repetir na campanha eleitoral autárquica de que a empregabilidade dos seus formandos é de 100%. A ver vamos.

TER MAIS E MELHORES CUIDADOS DE SAÚDE

Face aos cenários demográficos (população envelhecida) torna-se cada vez mais premente ir adequando os cuidados de saúde no concelho a esta realidade. Pelo menos até que ela possa ser estancada e revertida.

É possível o concelho ter uma população mais saudável através de uma política de comunicação autárquica (câmara e freguesias) orientada para os diferentes perfis de público-alvo (por ex: adolescentes e seniores) que permita potenciar a promoção da saúde e a prevenção da doença, nomeadamente, através da promoção de melhores hábitos alimentares e com ajustamentos ao estilo de vida.

Mas nada é tão premente como a garantia do acesso a cuidados de saúde de proximidade e de qualidade não só na Vila, mas principalmente nas freguesias.

A promoção da saúde e da qualidade de vida de uma população cada vez mais envelhecida não se compadece com visões economicistas ou ideológicas. Temos de ter uma visão dos cuidados de saúde à nossa população a partir de visão integrada, cooperativa e pragmática dos diferentes prestadores de cuidados de saúde no concelho e na região.

Os Figueiroenses não podem continuar a perder o acesso a cuidados de saúde de proximidade que têm perdido. Estamos em pleno século XXI e o que se está a passar é precisamente o contrário do que deveria ser. As extensões de saúde nas freguesias continuam encerradas (Campelo e Bairradas) ou perdem horas de atendimento (Aguda/Arega) e na Vila os horários também foram reduzidos e hoje há menos horas de atendimento do que há anos atrás.

Bem sei que isto não é de agora, mas o que tem vindo a acontecer é que esta realidade não é nos dias de hoje invertida e em alguns casos até piora.

Os poderes autárquicos – câmara e juntas, já não refiro a assembleia municipal por ser nesta matéria mais de retórica, como se tem visto – têm de uma vez por todas de encarar este assunto de frente e reivindicar, de exigir ao governo os cuidados de saúde que a população precisa, que a população quer e que a população não tem, nomeadamente quem vive nas freguesias. A bem de Figueiró. A bem dos Figueiroenses.

O mínimo que se pede aos eleitos locais, a todos eles, é que exijam, que não se calem, que reivindiquem, que não parem até que estas questões sejam definitivamente resolvidas, por que todos ficam mal na fotografia quando têm de ser as populações, como em Aguda, a fazer abaixo assinados para tentar solucionar um problema que a todos estes deveria dizer respeito, mas que por uma ou por outra razão não lhe tem merecido a devida preocupação e atenção

INVESTIR NA EDUCAÇÃO

Cada vez há menos alunos e as escolas do concelho refletem isso mesmo. Há uns anos atrás deu-se encerramento de escolas primárias um pouco por cada freguesia. Hoje há cada vez menos alunos nos estabelecimentos de ensino do concelho.

O que fazer? Considerar isto uma inevitabilidade, dizer que não é só cá que há redução de alunos, ou reconhecer que há um problema e que é preciso fazer alguma coisa para o resolver ou no mínimo atenuar?

Eu considero que é preciso fazer alguma coisa.

Pode dizer-se que este problema está, entre outros, ligado à demografia, ao envelhecimento da população, à natalidade, às condições e oferta de ensino, à falta de emprego e de perspetivas de futuro que atraiam e fixem população. Pode dizer-se tudo isto, mas ainda assim o assobiar para o lado não me parece uma opção.

São necessárias medidas que incentivem os jovens a estudar no nosso concelho. Desde logo para que não vão estudar para concelhos vizinhos e depois para se possa atrair estudantes ao nosso concelho.:


a. Dotar os aglomerados populacionais do Interior (Figueiró dos Vinhos) nos investimentos públicos em novas tecnologias de informação e comunicação;

b. Aumentar a oferta formativa e adaptá-la às reais necessidades da procura, jovens e empregadores; Evitar o encerramento de escolas, com base em meros critérios numéricos, sem ter em conta a realidade local;

c. Atribuir benefícios fiscais para quem contrate jovens cuja formação tenha sido ministrada em unidades de ensino de concelhos do interior (onde se incluiria Figueiró dos Vinhos);

c. ou incentivar a assinatura de contratos-programa entre as instituições de ensino do concelho, a câmara, instituições e empresas locais e o Governo central, poderão ser algumas das opções. Mas haverá muitas mais.

E, se para isso for preciso bater o pé ao governo central ou a determinados organismos, então que se bata. 

A AMIZADE NA POLÍTICA

Política e amizade |  Como todos sabemos, a política pode ser um assunto delicado e, algumas vezes, pode causar divisão e conflito entre amigos e até familiares. No entanto, acredito que é possível ter conversas construtivas e com respeito sobre política, mesmo que tenhamos opiniões diferentes.

É importante lembrar que a política está presente em muitos momentos da nossa vida e que nossas escolhas políticas têm um impacto significativo nossa sociedade e na vida de todas a pessoas. Daí que devamos estar dispostos a discutir e debater essas questões com os nossos conhecidos, amigos e familiares, desde que haja respeito mútuo e um desejo genuíno de entender e respeitar as diferentes perspectivas e pontos de vista.

Na procura por um inexistente “certo e errado”, muitas pessoas acabam em discussões sem sentido e perder amigos por causa da política é uma estupidez. E se os perdemos devemos interrogarmo-nos se eram realmente amigos ou se estavam apenas interessados naquilo que lhes podíamos dar. Entendo que há na política e nas diversas formas de ver um mesmo assunto companheirismo e amizade, que são o contrário do “se não és por mim és contra mim”, ou do eu é que estou certo e tu estás errado e vice-versa. Mas, infelizmente, ainda há pessoas assim.

A política é importante para a nossa vida em comunidade, mas a amizade é mais importante do que a política, pelo que não podemos deixar que a política nos afaste dos amigos que valorizamos e que apreciamos. E se são amigos verdadeiros eles não se afastam. Devemos lembrar-nos que as pessoas são mais do que suas opiniões políticas e que a diversidade de opiniões enriquece as nossas vidas e as nossas conversas e não o contrário. E é no respeito pela opinião de cada um que podemos fazer mais e melhor.

É, pois, importante ser franco e honesto com os nossos amigos sobre as nossas opiniões políticas, mas também ser respeitoso e compreensivo para com o que ele nos diz, especialmente se for diferente do que pensamos. Lembre-se de que podemos discordar sem faltar ao respeito a ninguém e que, ao fim de contas, a amizade é uma das coisas mais valiosas que temos na vida.

Obrigado.

COMPETÊNCIA ou a darem-nos música

Competência é daquelas palavras que ouvimos frequentemente quando as coisas não andam ou andam mal.

Sempre nos disseram que quando formos fazer alguma coisa, temos que a fazer bem, isto é, temos que ser competentes, porque se não a soubermos fazer bem a palavra seguinte é incompetência.

Na política o debate sobre o que é competência e incompetência vem de há muito.

De grosso modo a competência refere-se à posse, por parte de um indivíduo ou de uma organização, das características necessárias para se realizar uma determinada atividade. Não basta ser competente numa área é preciso ser competente na área em que se está, se não o for é incompetente.

Uma definição clássica do conceito de competência é conhecida pelo acrônimo CHA, abreviação de: Conhecimento; Habilidades e Atitudes.

Sem conhecimento a atitude as habilidades por mais que predominem não bastam.

Na política, como em outras áreas, é necessário ser-se pragmático, ver a realidade e ser coerente com ela, na medida em que se pode ser competente em determinada área e incompetente em outras. E então por cá …

Por mais que, em abstrato, uma força política seja competente ela precisa de pessoas competentes, que saibam o que fazer e que saibam trabalhar bem em equipa.

Há quem queira estar e ser, mas não é manifestamente não é capaz de ser, nem de fazer.   Este ser capaz de ser e de fazer é algo que muitos desejam, mas nem todos o conseguem.

Não raras vezes a incompetência leva à negligência e desagua no amiguismo para se segurar alapado que se está no lugar, de onde só se sairá para tomar o carrossel do agora vou eu, ora agora vais tu, ou a um sentimento de daqui não saio, daqui ninguém me tira.

Não será só um problema agudo de falta de sensibilidade política ou mera incompetência, mas o de tratar os assuntos que deveriam ser de todos como se se fizesse parte de um clube de amigos. E aqui já podemos imaginar o que poderá criar de relevante este cenário clube de amigos. Rigorosamente nada.

Quem já esteve em situações semelhantes sabe que os cargos exercem-se, não se ocupam. Mas há ainda quem teime em fazer o contrário.

OS PERIGOS DO VAMOS ANDANDO

Vamos andando | Não raras vezes quando falamos com alguns amigos e conhecidos e perguntamos como vão, eles respondem: Vamos andando.

A verdade é que nem sempre vamos andando, por vezes, alguns dizem, vai-se andando ou vai-se indo. Ambas as expressões deixam antever uma certa resignação, de um estar qualquer coisa, que, em bom rigor, resvala para um estado de deixa andar que cá vamos andando com a cabeça entre as orelhas.

Muitos poucos fazem ou acreditam em fazer mais e melhor.  E então a nossa versão dos políticos que temos são prova disso. Todos eles.

Uns dizem: Eles que façam. Mas já percebemos que eles não fazem. Ou porque não sabem, ou porque não querem ou porque não podem, concretizar o que prometeram sabendo que era impossível de realizar.

Na melhor das hipóteses, vão andando como os que os que os apoiam os “vamos andando”.

Muito do que é necessário fazer para solucionar os problemas que estão a estrangular o nosso concelho e a transformá-lo num atoleiro esbarra num sem-número de “vamos andando” que condicionam à partida qualquer veleidade de mudança.

Indiferentes à realidade lá vão andando na expectativa de que os problemas se resolvam sozinhos, sabendo que dificilmente será desta que se decidem a fazer o que é necessário para termos uma vida melhor.

É por isso que uma maioria de Figueiroenses continuará a “ir andando” acomodada, reverente e obrigada.  Assim como assim, não será a primeira vez que isto deu resultado, para os mesmos.

Outros  entram e saem de crises, mas Figueiró vive nesse estado há  demasiados anos. É como se o desenvolvimento dos outros fosse uma excepção, mas como estamos ligados à máquina do vamos andando, nem damos por eles.

Daí que não haja nada mais Figueiroense do que, perante uma pergunta de como vai, se afirmar: “Vamos andando, vamos indo”.

Esta uma versão curta e simplificada da maneira de ser e estar de muitos e não são simples afirmações de circunstância elas refletem uma forma de ser e estar pessoal, social e política. Significa, antes de mais, que não se pára para pensar e escrutinar, vai-se andando. Demonstra, ainda, que podia haver maior exigência para com quem nos governa, mas vai-se andando.

À maneira de quem nos dá música e festa, ao contrário de emprego, progresso e desenvolvimento,  continuaremos mais pobres, mas alegres e animados. A grande vantagem de ser Figueiroenses é que isso pouco nos afecta, porque dificilmente sairemos do nosso eterno estado de vamos andando.  Até lá, vamos andando, enquanto esperamos que o concelho aprenda que o vamos andando já não dá para mais.

Por isso, não desesperem. Afinal, vai-se andando.

AMBIÇÃO E EXIGÊNCIA

Ambição e exigência são expressões muito usadas no futebol e pouco na politica e na governação. Então por cá nem se fala. No futebol estamos sempre prontos a exigir profissionalismo e resultados, enquanto na política resignamo-nos, muitas das vezes, perante a mediocridade e os maus resultados.

Se no futebo a nossa equipa vai ganhando – no concelho o desenvolvimento e progresso vai perdendo dia após dia.

Muitos já começam a perceber isso e alguns até já se importam, outros não. Entrámos em 2024 e está mais do que na hora de todos se deixarem de ilusões e começarem, também, a importar-se com o estado do concelho – vila e freguesias.

Aparentemente, as dificuldades dos Figueiroenses ainda passam ao lado de alguns. Apesar de resultados insatisfatórios e medíocres, a ausência de escrutínio e a complacência de uma maioria de Figueiroenses pouco exigente permite que isso aconteça.

A realidade fala por si .

Se isto fosse futebol outro galo cantaria e quem nos tem governado não gostaria mesmo nada de estar sujeito ao grau de exigência e escrutínio que muitos de nós exigimos ao nosso clube, a treinadores, a árbitros, a jogadores ou a dirigentes.

Cada um tem o direito de pensar como quiser, mas o facto de muitos continuarem a fingir que nada acontece, e até replicando, sem pensar, muitas das desculpas e ilusões que nos estão sempre a tentar vender por quem gere há décadas o concelho para justificar o insucesso, não os torna, enquanto cidadãos e Figueiroenses, menos responsáveis e menos coniventes por este estado de coisas.

Ou 2024 é o ano em que os Figueiroenses começam de vez a despertar para a realidade, a serem mais exigentes e a disponibilizarem-se para a construção de uma alternativa de progresso e desenvolvimento para todos – vila e freguesias – ou será mais um ano perdido a ver passar os concelhos vizinhos e penoso de desculpas, ilusões, festas e entreténs, que nos continuará a manter no fundo da tabela e a arredar dos primeiros lugares de desenvolvimento, progresso e bem-estar.

#figueiródosvinhos#josefidalgoavelar#esperançanumfuturomelhor

O MAL DE QUASE TODOS NÓS

Qual é o tipo de pessoa/político que não tolera críticas ou ideias diferentes? Vejamos:

A uns louva-se a atitude de as aceitar com humildade, que se forem pertinentes, promovem as mudanças necessárias. A outros espanta a arrogância e o azedume com que as recebem dando azo a que se “falem deles” e não “com eles”. 

Perante uma crítica alicerçada em ideias e pensamentos diferentes o mais importante é aceitá-la e vê-la como uma oportunidade de melhoria e de crescimento. Há, no entanto, quem a veja com inveja ou até mesmo como uma ameaça.

Uns entendem a critica e a diversidade de ideias como uma oportunidade para melhorarem e aprofundar visões e entendimentos, separando a emoção da razão tentam entender os motivos da crítica e da diversidade de opinião. Outros levam-na logo para o lado pessoal e sobrevalorizam-na. Veem-na como inimiga, destrutiva e fonte de ataques pessoais e problemas. Mas, mas se vistas com olhos de ver, significam precisamente o contrário.

Hoje em dia, saber comunicar não quer dizer apenas que se fala bem ou que se consegue convencer. Implica, também, ser capaz de acolher e aceitar sugestões, opiniões e ideias diferentes.

Os adeptos do ditado “manda quem pode, obedece quem tem juízo” devem começar a perceber que o líder já não é aquele que sabe tudo, que tem todas as soluções e que dele ninguém pode discordar. Não. O líder é, cada vez mais aquele que deve compreender que não sabe tudo e perceber por que é o outro pensa diferente. É aquele que considera que pode estar errado, que aceita e pondera as várias perspectivas de um mesmo assunto, de forma a tomar a melhor decisão e o melhor caminho.

Apesar disto tudo há, ainda, quem não aceite a diversidade de opiniões por mais que elas sejam realistas, justas e úteis e isso provoca, não raras vezes, arrogância e revolta. E essa reacção estará ligada à dificuldade em aceitar que há outras ideias e outros caminhos melhores. 

Mas, por que será que pensamento critico e ideias diferentes incomodam assim tanto?

Se não se ouve as pessoas, como é que eles próprios podem esperar ser ouvidos?  Como é que se pode melhorar e inovar se não se ouve e acolhe pensamentos e visões diferentes?

Saber ouvir é, pois, um gesto de inteligência e cultura democrática de que se precisa cada vez mais.

No entanto para alguns só esta esta frase fará sentido

“Existe só uma maneira de se evitar as críticas: não fazer nada, não dizer nada e não ser nada” (Aristóteles)

Uma sociedade mais justa

Todos nós sabemos que existem desigualdades e injustiças, e não raras vezes nos deparamos com elas. Mas também devemos saber que é nossa responsabilidade combatê-las.

Acredito que uma sociedade verdadeiramente justa e equitativa é aquela em que todas as pessoas têm as mesmas oportunidades de sucesso e prosperidade. Isso significa que precisamos de trabalhar para garantir que todas as pessoas tenham acesso a recursos e serviços básicos, como a educação, a saúde, o emprego, a habitação, … a cultura.

É necessário combater a desigualdade econômica para assegurar que todos tenham uma vida decente e digna. Isso pode ser alcançado, nomeadamente, por meio de políticas públicas que garantam mais emprego e emprego de qualidade, salários justos e proteção social para os mais vulneráveis e que mais precisam.

Devemos exigir que a governação local e as suas políticas não discriminem ninguém.  Pessoas ou grupos. Precisamos, ainda, de exigir que todas as pessoas sejam tratadas com dignidade e respeito, independentemente de quem são ou de onde vieram.

A construção de uma sociedade mais justa e equitativa não é, pois, apenas responsabilidade de quem governa. É também nossa. Também nós devemos fazer a nossa parte para criar uma cultura de igualdade e respeito para com todos. Podemos começar por fazer isso ao combater os discursos de mesquinhez, de ódio e de discriminação que vamos ouvindo e trabalhar para construir pontes em vez de discriminar e afastar.

Precisamos, ainda, de ter a consciência que a construção de uma sociedade mais justa e equitativa é um trabalho contínuo. Dos poderes públicos – governo, câmaras, juntas, instituições – e nosso enquanto cidadãos responsáveis. Mas este desiderato não é algo que possa ser alcançado da noite para o dia. Devemos, pois, estar comprometidos em fazer a nossa parte todos os dias, para garantir que nossos filhos, a nossa família, os nossos amigos possam crescer e viver num mundo mais justo, mais fraterno, mais tolerante e mais equitativo. Só assim vale a pena.

Obrigado

#josefidalgoavelar      #figueiródosvinhos          

APOIAR AS PESSOAS

A importância de apoiar as pessoas mais vulneráveis e e os que mais precisam é essencial e de maior importância no concelho de Figueiró dos Vinhos.

No nosso concelho, tal como em outros, há muitas pessoas que não têm uma vida fácil. Enfrentam desafios e dificuldades, seja por questões financeiras, de saúde, ou de habitação indigna. Entendo que estas pessoas devem ser lavo de uma atenção redobrada de forma a estender a mão e oferecer ajuda àqueles que mais precisam.

É importante lembrar que estas pessoas podem precisar de ajuda em diferentes áreas, desde a alimentação, ao emprego ou a acesso a cuidados de saúde.  Daí que o poder local, as instituições vocacionadas para o apoio e os cidadãos mais afectivos necessitem de ser sensíveis às aos problemas e necessidades destas pessoas.

Devemos, no entanto, lembrar-nos que nem todas as pessoas que precisam de ajuda estão visíveis ou conhecidas. Há muita dificuldade encoberta. Muitos sofrem em silêncio, sem partilhar as suas dificuldades com outras pessoas. É importante, pois, estar atentos a quem realmente precisa de ajuda.

Apoiar os mais vulneráveis e os que mais precisam não os ajuda apenas a ultrapassar as dificuldades, mas contribui também para criar uma comunidade mais unida e mais solidária onde ninguém fique para trás.  

Todos podemos fazer alguma coisa. Uns certamente mais do que outros. Uns com mais obrigação do que outros, mas todos, se o quisermos fazer, podemos fazer a diferença e criar uma sociedade mais justa e mais igualitária para todos.

Obrigado.

#figueiródosvinhos           #josefidalgoavelar

SERVIR OS CIDADÃOS

Um concelho ou uma freguesia organizada para servir os cidadãos é essencial para garantir que as necessidades e interesses dos munícipes ou dos fregueses  sejam atendidos e resolvidos da melhor forma. Para alcançar esse objetivo, é necessário que o concelho ou a freguesia seja capaz de ouvir e responder às necessidades e preocupações da população e trabalhar em estreita colaboração com associações, grupos locais e outras entidades para garantir que as necessidades e anseios das pessoas sejam atendidas.

Um concelho ou uma freguesia organizados para servir os cidadãos passa, entre outros, por:

Abertura e transparência: é essencial para construir a confiança e a credibilidade dos munícipes ou dos fregueses. Isso significa que as informações sobre as atividades – decisões, deliberações, investimentos, políticas publicas, contratos, adjudicações, etc – do concelho e da freguesia – devem ser facilmente acessíveis ao público e as decisões tomadas devem ser comunicadas a todos de forma rigorosa, publica, clara e transparente.

Cidadania activa: é  fundamental para garantir que se atenda às necessidades e interesses da comunidade no seu todo. Isso significa envolver ativamente os cidadãos na tomada de decisões, ouvir as suas preocupações e sugestões e trabalhar em estreita colaboração com todos para atender às necessidades de todos e de cada um.

Eficiência: devem ser eficientes nos serviços que prestam e que têm ao dispor dos cidadãos. Isso significa processos e procedimentos bem organizados garantindo a utilização dos recursos humanos e financeiros de forma rigorosa e eficiente e os serviços prestados com qualidade e em tempo útil.

Responsabilidade financeira: devem ser responsáveis, ter orçamentos credíveis e reais, com prestação pública de contas e garantindo que os recursos públicos sejam utilizados de forma responsável ao serviço de todos e não só de alguns e do território no seu conjunto.

Liderança forte: Um concelho ou uma freguesia organizados para servir os cidadãos deve ter um presidente competente e uma equipa motivada e comprometida com a melhoria contínua dos serviços prestados à comunidade. Isso significa que os presidentes de câmara ou da freguesia devem ser capazes de trabalhar em estreita colaboração com todas as forças políticas, com todos os cidadãos e estarem abertos a sugestões e críticas e dispostos a corrigir o que estiver errado.

Só assim se conseguirá fazer mais e melhor.

Obrigado.

#figueiródosvinhos           #josefidalgoavelar

Uma efeméride triste

 

Comemora-se hoje quatro anos desde que o Sr. Joaquim Mendes enviou uma carta ao Presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos (até hoje sem resposta) a solicitar a atribuição de um nome e respetivo número de polícia à rua onde mora, alegando constrangimentos e prejuízos na correspondência que lhe era  endereçada por parte de algumas empresas como a EDP ou a PT.

Enquanto Vereador eleito pelo PSD na Câmara Municipal levei esta questão por diversas vezes, à reunião de câmara e solicitei, por outras tantas vezes, que esta fosse resolvida. Sem êxito, confesso.

Relativamente à toponímia este assunto foi o único, até à presente data, que foi expressamente abordado nas  reuniões de câmara e exarado em acta,  tendo em conta o lamento e o pedido de um cidadão Figueiroense. Sempre com o mesmo resultado e as desculpas de sempre.

Um ano depois, Em Março de 2015 a autarquia através da proposta de deliberação nº 46/2015 – Atribuição de Topónimos atribui nomes a mais de quatro dezenas de ruas, caminhos, quelhas e travessas um pouco por todo o concelho e pasme-se “esquece-se” desta. Precisamente a única que foi assunto de reunião de câmara por diversas ocasiões.

Coincidências ou talvez não.

Quatro anos depois o Sr Joaquim  vai resistindo e ainda contínua à espera numa rua que vai atraindo mais moradores, fazendo das suas dificuldades e das injustiças para com ele cometidas as nossas causas.

Nunca nos quiseram ouvir porque agora a música é outra mas de falsetes está o país cheio.

Enquanto isso as festas vão enganando os tolos e pode ser que dos muitos bolos ainda tenha sobrado algum para festejar este aniversário na certeza de que na vida dos povos há sempre novos amanhãs.

 

Nota: Lembro o que escrevi neste site em 9 de Agosto de 2016  e que também pode ser visto  AQUI

 

 

Assunto levantado na Reunião de Câmara de 25 de Maio de 2016

 

Na Reunião de Câmara de 13 de Agosto de 2014 referi-me a um assunto que ainda hoje, 25 de maio de 2016, não está resolvido. Passo a citar o que disse na altura e constante da acta:

 

“ …Ainda no uso da palavra  (Vereador José Fidalgo)  questionou o Executivo acerca de uma carta enviada em 14 de Maio á Câmara Municipal pelo Senhor Joaquim Mendes, que até à data não teria tido qualquer resposta por parte da Câmara Municipal e em que o referido Munícipe solicitava a atribuição de um nome à rua onde mora, conhecida por Vale de Figueiró, e respetivo número de polícia. ……………………………………………………………

 

—————- Disse que hoje em dia com as novas exigências de entidades como a EDP a PT e os Bancos aquando da formalização de contractos de fornecimento de serviços estes exigem n.º de porta e do código postal. Completo o que não tem. Como se calcula esta situação têm causado muitos constrangimentos ao Sr. Joaquim Mendes que gostaria de ver resolvidos o mais breve possível. Urge pois dar uma solução a este problema———-

 

O Senhor Presidente da Câmara Municipal Jorge Abreu, em relação à Toponímia, informou o Senhor Vereador que a Comissão Técnica está a trabalhar, reconhecendo ser um trabalho moroso, que vai passar por uma reorganização inicialmente pela vila e posteriormente pelas freguesias. … Relativamente à falta de resposta ao Senhor Joaquim Mendes irão proceder em conformidade.” ——————-“fim de citação.

 

Um ano depois, na Reunião de Câmara de 27 Maio 2015, aquando da proposta de deliberação nº 46/2015 – Atribuição de Topónimos, que atribuía nomes a mais de quatro dezenas de ruas, caminhos, quelhas e travessas um pouco por todo o concelho, voltei a colocar a questão e passo a citar a acta:

 

“O Senhor Vereador José Fidalgo disse que lamenta que quase um ano depois esta situação ainda não está resolvida e não constar das propostas agora apresentadas. Disse, ainda, esperar que o caso não demore ainda mais um ano a solucionar mas que seja resolvido o mais breve possível de forma a ser presente a uma próxima reunião, dado o evidente transtorno que toda esta situação tem para o Senhor Joaquim Mendes”, fim de citação. …………….

 

Mais uma vez a resolução do problema foi remetido, pela maioria PS do executivo, para data posterior.

 

Hoje, 25 de Maio de 2016, dois anos depois, voltei a levantar o problema pois ainda nada foi feito. O problema mantem-se, agravado agora, com novos moradores que entretanto se fixaram naquela rua. Para não variar a resposta obtida da maioria PS do Executivo foi a mesma.

Parece-me incompreensível esta situação pois este é o único caso que surgiu da reclamação de um Munícipe, que foi à Reunião de Câmara e é precisamente aquele que, passado todo este tempo, continua por resolver e a causar problemas escusados a quem lá vive. Lamentável.

 

Requalificação da envolvente do campo de futebol

 

A simples arte de caminhar é uma atividade desde sempre do ser humano.

Figueiró dos Vinhos, a exemplo de outros Municípios deveria preocupar-se cada vez mais, com a acessibilidade garantida a todos os cidadãos com necessidades especiais (cadeiras de rodas) e com mobilidade reduzida (canadianas, bengalas), as crianças, os idosos, os carrinhos de bebé, etc.

 

Vem isto a propósito da requalificação da envolvente do campo de futebol. Em 2016, enquanto Vereador na Câmara Municipal defendi que toda essa área deveria ser requalificada, até ao Restaurante Figueiras e deste aí até à rotunda /entrada da vila  (Av. Heróis do Ultramar).

Defendi a requalificação de toda a área com a introdução de um passeio/ciclovia que permitisse caminhadas e não só, porque são muitos os Figueiroenses que poderiam usufruir deste espaço renovado. Ver AQUI

 

Obra que deveria requalificar toda a recta, da Rotunda até ao Rest. Figueiras e deste até ao Bairro de São joão

 

A vila ficava mais bonita, os peões caminhavam em segurança e os muitos Figueiroenses que fazem caminhadas, principalmente ao final do dia, agradeciam.

A Câmara PS assim não quis e optou por requalificar apenas uma parte, a do campo de futebol.

Dessa parte falamos, hoje, de duas opções que, salvo melhor opinião, não se entendem.

Uns vão dizer que está tudo muito bem. Outros, por ventura, concordarão comigo.

Para aqueles servis, dotados de instinto canino prontos a atacar ao menor sinal do dono, que não sendo exclusivos do “habitat” Figueiroense estão impregnados de um “lambebotismo” útil ao regime que se faz notar quando alguma bota dá sinal de querer ser lambida, sempre direi que esta é uma obra interessante, que apoio e que valoriza a Vila e o concelho.

 

Não obstante, olhamos, vemos e reparamos.

Passeio.

Por definição, um passeio, é uma superfície da via pública que ladeia a faixa de rodagem e que se destina à circulação de peões.

Quando se faz um passeio deve ter-se em consideração os vários tipos de peões (pessoas)  que irão utilizar esse passeio para caminhar ou, simplesmente, passear. Se grande parte das pessoas o pode fazer livremente, muitas há que têm dificultar em andar e se movimentar.

Um passeio deve ser, por isso, adequado a todas as pessoas. Um passeio adequado é aquele que garante o caminho livre, em segurança e é confortável para todos os que o utilizam.

Um passeio adequado é, também, aquele que garante a todos, sem excepção, a liberdade de caminhar e passear pelo passeio e não deparar de frente com postes de candeeiros, árvores, canteiros e outros que lhe impeçam ou dificultem a passagem.

Ora o que se está a fazer na requalificação da envolvente do campo de futebol, uma obra que custa 757.068,41€, é, salvo melhor opinião, incompreensível.

O que lá está:

 

Para os que só vêem os bonecos as fotografias que se seguem foram tiradas no dia 23 de Abril de 2018

Os passeios inadequados e os locais inacessíveis prejudicam a circulação das pessoas, principalmente daquelas com dificuldade de locomoção. O principal objetivo do passeio deveria ser o de facilitar a circulação dos peões e proporcionar-lhes segurança e comodidade e não o contrário.

Por isso, é de grande importância que os passeios tenham superfície regular, contínua, firme e antiderrapante e sejam executados sem mudanças abruptas de nível ou inclinações.

A Câmara Municipal deveria seguir um projeto claro de acessibilidade para proporcionar a todos os Figueiroenses não só uma melhor qualidade de vida, mas uma Vila mais bonita e com um acesso seguro aos espaços urbanos, de forma a contribuir para melhorar a paisagem e a socialização dos espaços públicos.

Se um passeio é adequado e acessível a uma pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, poderemos afirmar, com segurança, que qualquer cidadão conseguirá usufruir desse espaço. Assim como está, apenas os mais ágeis podem usufruir destes passeios.

 

Árvore com (caldeira)

São vários os problemas que lhes estão associados, nomeadamente a incorreta localização, (no meio do passeio) a falta de grelha ou ainda a danificação de pavimento envolvente quando árvore está muito junto à berma, muitas vezes pelo crescimento abrupto da própria árvore e raízes que se ramificam pelos passeios. Sendo as árvores elementos fundamentais na qualidade do espaço, as mesmas não devem constituir um problema. A falta de proteção das suas caldeiras, pode originar frequentes acidentes com quem ali passa, uma vez que sem a referida proteção, se constituem como buracos/desníveis que são autênticas armadilhas.

Seria melhor que as caldeiras tivessem uma grelha para evitar eventuais acidentes e permitir uma circulação mais desimpedida.

 

Exemplo:

 

Candeeiros de iluminação pública.

 

Os candeeiros de iluminação pública, sendo fundamentais na qualidade do espaço público assumem-se aqui como elementos condicionadores da circulação pedonal. De facto, encontram-se localizados no centro do passeio interrompendo um percurso que deveria ser acessível e cómodo.

Daí que as árvores e os candeeiros deveriam ser sempre que possível, e ali há espaço para isso, ser colocados em corredores de infraestruturas, de forma a facilitar a utilização do passeio.

 

Exemplo A

 

Exemplo B de candeeiros que não estão no centro do passeio

 

Os postes com os candeeiros deveriam, salvo melhor opinião, ser colocados fora do canal de circulação pedonal e não no meio como estão agora. (fotos abaixo)

 

Passeios estreitos

Independentemente de cumprirem ou não as dimensões exigias por lei, numa obra nova penso que não há necessidade de se construírem passeios que não sirvam as pessoas e a sua principal função, caminhar e passear. Passeios que se tornam ainda mais estreitos com árvores e candeeiros inseridos no centro desses mesmos passeios.

Assim, o que temos são passeios estreitos, que não proporcionam devido às árvores e postes dos candeeiros a livre circulação de pessoas. Não permitem, ainda em alguns espaços, o cruzamento entre duas pessoas, impedem em alguns sítios a passagem de outras e dificultam a sua utilização por pessoas que transportem objetos volumosos, ou que se desloquem com a ajuda de cadeira de rodas, muletas ou andarilhos.

Independentemente do que se possa vir a fazer – em complemento – na parte de dentro e junto a este passei, levar as pessoas a fazer slalom ou dificultar – a quem tenha menos mobilidade –  o usufruto daquele espaço por todos não me parece uma boa opção. Mas …

 

 

Passeio confortável e acessível

O material de revestimento dos pavimentos deve ser estável, durável, firme e contínuo de forma a acentuar os pressupostos de segurança e conforto. Será este o caso !?

 

Para além do “problema” do passeio junto à estrada, há ainda uma outra situação que se prende com um outro passeio desta vez no parque de  Skate.

O parque de Skate construído pela Junta de Freguesia tem por objetivo despertar os jovens para a prática desportiva, promover estilos de vida saudáveis e proporcionar-lhes a oportunidade de experimentarem outras modalidades, ditas radicais, como o skate, os patins em linha ou a bicicleta BMX.

Acontece que agora o parque de Skate foi atravessado por um passeio. A manter-se o espaço inicial (dimensões) do parque quem por ali passar está sujeito a apanhar em cima com um praticante. Enfim …

 

 

Independentemente do que se venha ou não a fazer ali, há certamente aspectos a melhorar.  A ver vamos…

 

 

 

 

 

Figueiró dos Vinhos continua a descer no Ranking 2018 da Bloom Consulting 

Infelizmente é verdade !   Figueiró dos Vinhos continua  a descer no Ranking da Bloom  Consulting.

 

A Bloom Consulting divulgou, ontem, o seu estudo anual dos melhores municípios para viver, fazer negócios e visitar.

 

O Concelho de Figueiró dos Vinhos voltou a descer no Portugal City Brand Ranking/2018 , Municípios Portugueses – cai uma posição e ocupa, agora, o 259º lugar entre 308 Concelhos.

 

No Ranking de 2018,  em termos globais, e  analisando as categorias Viver, Visitar e Negócios, Figueiró dos Vinhos desceu 44 lugares relativamente a 2014 e um relativamente a 2017.

 

A nível dos Municípios da  Região Centro Figueiró dos Vinhos desceu um lugar relativamente a 2017 e 15 lugares em comparação com 2014, ano em que se realizou pela primeira vez este Ranking.

 

O Portugal City Brand Ranking 2018 foi divulgado e trouxe mais uma vez motivo de preocupação para todos os Figueiroenses mostrando, assim que o Concelho de Figueiró dos Vinhos é hoje um concelho cada vez mais adiado face a uma região centro que demonstra uma outra dinâmica, que cresce e se desenvolve.

 

Os parâmetros avaliados demonstram que a estratégia da mera propaganda não resiste ao teste da realidade,  não funciona e não se traduz em resultados práticos positivos para a nossa população, que espera e desespera por mais emprego, mais progresso e melhor qualidade de vida.

Os Figueiroenses Mereciam Melhor.

 

Pode consultar AQUI o documento integral do  Portugal City Brand Ranking 2018  e pesquisar por concelhos AQUI

 

 

 

RANKING 2014

 

 

 

RANKING 2017

 

 

 

RANKING 2018

 

 

 

 

 

 

 

Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar.

 

“Se puderes olhar, vê. Se puderes ver, repara”

Esta frase de José Saramago levou-me a um poema “Cantata da Paz” de Sophia de Mello Breyner Andresen,  e à frase “Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar”.

 

O Plano e Orçamento para o ano de 2018 foram ontem publicamente apresentados e discutidos na reunião de câmara.

 

O Plano e o Orçamento são , de uma forma muito simplista, documentos que contêm aquilo que se pretende fazer em 2018 e os respectivos meios financeiros para o conseguir realizar.

 

Tudo normal se não fosse a “polémica” premissa que terá presidido à sua elaboração, que de certa forma o justifica e que está escrita na página 9 do Relatório do Orçamento:

 

“A aplicação em pleno dos diversos programas aprovados no âmbito dos fundos de apoio comunitário “Portugal 2020”, associado a um amplo conjunto de intervenções relacionadas com os trágicos acontecimentos de 17 de junho de 2017 e dias seguintes cujo impacto no concelho de Figueiró dos Vinhos é reconhecidamente marcante, tornam o ano de 2018, claramente como um ano de extraordinário investimento.”

 

Ao olharmos, vemos, reparamos e não podemos ignorar. Até custa a acreditar mas está lá, preto no branco.

 

Seria anedótico se não fosse trágico e indecoroso afirmar que os incêndios até vão ser positivos para o investimento em 2018.

 

No fundo, o que se pensa e escreve com todas as letras é que os incêndios, de 17 de Junho e dias seguintes, não foram uma tragédia local e nacional porque neles morreram 64 pessoas e se destruíram floresta e bens, mas foram, segundo parece, um alívio para o orçamento da Câmara e um acontecimento positivo que permite “tornar o ano de 2018, claramente como um ano de extraordinário investimento”.

 

Ao procurar-se justificar desta forma o investimento previsto para o próximo ano está-se não só a insultar quem sofreu com esta tragédia, mas  a humilhar a memória das vítimas – mortos e feridos – e das suas famílias.

 

Muitos não perceberão como é que se pode pensar e escrever isto como, certamente, não perceberão a actual governação se não olharmos e repararmos no enorme conjunto de equívocos que está por detrás dela.

 

Num outro país e com outros protagonistas estas afirmações teriam outras consequências que não só a do repúdio e a da censura pública.

 

 

 

 

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