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CONSTRUIR UMA SOCIEDDAE MAIS JUSTA

Todos nós sabemos que existem desigualdades e injustiças, e não raras vezes nos deparamos com elas. Mas também devemos saber que é nossa responsabilidade combatê-las.

Acredito que uma sociedade verdadeiramente justa e equitativa é aquela em que todas as pessoas têm as mesmas oportunidades de sucesso e prosperidade. Isso significa que precisamos de trabalhar para garantir que todas as pessoas tenham acesso a recursos e serviços básicos, como a educação, a saúde, o emprego, a habitação, … a cultura.

É necessário combater a desigualdade econômica para assegurar que todos tenham uma vida decente e digna. Isso pode ser alcançado, nomeadamente, por meio de políticas públicas que garantam mais emprego e emprego de qualidade, salários justos e proteção social para os mais vulneráveis e que mais precisam.

Devemos exigir que a governação local e as suas políticas não discriminem ninguém.  Pessoas ou grupos. Precisamos, ainda, de exigir que todas as pessoas sejam tratadas com dignidade e respeito, independentemente de quem são ou de onde vieram.

A construção de uma sociedade mais justa e equitativa não é, pois, apenas responsabilidade de quem governa. É também nossa. Também nós devemos fazer a nossa parte para criar uma cultura de igualdade e respeito para com todos. Podemos começar por fazer isso ao combater os discursos de mesquinhez, de ódio e de discriminação que vamos ouvindo e trabalhar para construir pontes em vez de discriminar e afastar.

Precisamos, ainda, de ter a consciência que a construção de uma sociedade mais justa e equitativa é um trabalho contínuo. Dos poderes públicos – governo, câmaras, juntas, instituições – e nosso enquanto cidadãos responsáveis. Mas este desiderato não é algo que possa ser alcançado da noite para o dia. Devemos, pois, estar comprometidos em fazer a nossa parte todos os dias, para garantir que nossos filhos, a nossa família, os nossos amigos possam crescer e viver num mundo mais justo, mais fraterno, mais tolerante e mais equitativo. Só assim vale a pena.

Obrigado.

HAVER MAIS EMPREGO e CRIAÇÃO DE RIQUEZA

Figueiró dos Vinhos é um dos concelhos do distrito onde a falta de emprego é notória o que tem levado muitos Figueiroenses a procurar trabalho em outros concelhos ou até a emigrar. Em abono da verdade o mal não é de hoje, mas a situação não tem melhorado nos últimos anos.

A população do concelho vem a diminuir ano após ano, não há um número significativo de novas empresas que criem emprego (basta dizer que as maiores empregadoras do concelho são as IPSS e a câmara municipal) e por via disso as pessoas vão-se embora à procura do que aqui não há.

Mas, Figueiró dos Vinhos tem condições para ser mais do que é hoje em termos de atração de investimento e captação de novas empresas. Figueiró tem hoje o “Centro Investe” estrutura de referência do Município perfeitamente qualificada para fazer nascer e apoiar empresas. Mas só isso não chega.

A procura de novos investimentos que potenciem a criação de riqueza no concelho e, consequentemente, a criação de novos postos de trabalho é algo que tem de merecer da parte política a prioridade das prioridades e uma constante diária, porque as empresas e os investimentos não vêm cá ter. É preciso sair da zona de conforto e ir à procura deles. Olhe-se para os concelhos vizinhos de Ansião, mais litoral, ou Sertã, mais interior, para constatar a diferença abismal que nos separa destes dois concelhos.

Medidas avulsas ou anúncios diversos por si só não resolvem o problema. É necessário criar condições e transmitir confiança aos pequenos e médios empresários, para que estes invistam, criem riqueza e postos de trabalho. Apoiar os cá estão e captar novos.


A formação de trabalhadores é também uma peça essencial neste assunto por que a sua qualificação pode ser determinante para captar investimento e novas empresas.

Oxalá que o polo da Escola Profissional Agostinho Roseta, junto aos Bombeiros, possa dar uma ajuda na empregabilidade tanto mais que responsáveis políticos têm afirmado, por diversas vezes, e voltaram a repetir na campanha eleitoral autárquica de que a empregabilidade dos seus formandos é de 100%. A ver vamos.

TER MAIS E MELHORES CUIDADOS DE SAÚDE

Face aos cenários demográficos (população envelhecida) torna-se cada vez mais premente ir adequando os cuidados de saúde no concelho a esta realidade. Pelo menos até que ela possa ser estancada e revertida.

É possível o concelho ter uma população mais saudável através de uma política de comunicação autárquica (câmara e freguesias) orientada para os diferentes perfis de público-alvo (por ex: adolescentes e seniores) que permita potenciar a promoção da saúde e a prevenção da doença, nomeadamente, através da promoção de melhores hábitos alimentares e com ajustamentos ao estilo de vida.

Mas nada é tão premente como a garantia do acesso a cuidados de saúde de proximidade e de qualidade não só na Vila, mas principalmente nas freguesias.

A promoção da saúde e da qualidade de vida de uma população cada vez mais envelhecida não se compadece com visões economicistas ou ideológicas. Temos de ter uma visão dos cuidados de saúde à nossa população a partir de visão integrada, cooperativa e pragmática dos diferentes prestadores de cuidados de saúde no concelho e na região.

Os Figueiroenses não podem continuar a perder o acesso a cuidados de saúde de proximidade que têm perdido. Estamos em pleno século XXI e o que se está a passar é precisamente o contrário do que deveria ser. As extensões de saúde nas freguesias continuam encerradas (Campelo e Bairradas) ou perdem horas de atendimento (Aguda/Arega) e na Vila os horários também foram reduzidos e hoje há menos horas de atendimento do que há anos atrás.

Bem sei que isto não é de agora, mas o que tem vindo a acontecer é que esta realidade não é nos dias de hoje invertida e em alguns casos até piora.

Os poderes autárquicos – câmara e juntas, já não refiro a assembleia municipal por ser nesta matéria mais de retórica, como se tem visto – têm de uma vez por todas de encarar este assunto de frente e reivindicar, de exigir ao governo os cuidados de saúde que a população precisa, que a população quer e que a população não tem, nomeadamente quem vive nas freguesias. A bem de Figueiró. A bem dos Figueiroenses.

O mínimo que se pede aos eleitos locais, a todos eles, é que exijam, que não se calem, que reivindiquem, que não parem até que estas questões sejam definitivamente resolvidas, por que todos ficam mal na fotografia quando têm de ser as populações, como em Aguda, a fazer abaixo assinados para tentar solucionar um problema que a todos estes deveria dizer respeito, mas que por uma ou por outra razão não lhe tem merecido a devida preocupação e atenção

INVESTIR NA EDUCAÇÃO

Cada vez há menos alunos e as escolas do concelho refletem isso mesmo. Há uns anos atrás deu-se encerramento de escolas primárias um pouco por cada freguesia. Hoje há cada vez menos alunos nos estabelecimentos de ensino do concelho.

O que fazer? Considerar isto uma inevitabilidade, dizer que não é só cá que há redução de alunos, ou reconhecer que há um problema e que é preciso fazer alguma coisa para o resolver ou no mínimo atenuar?

Eu considero que é preciso fazer alguma coisa.

Pode dizer-se que este problema está, entre outros, ligado à demografia, ao envelhecimento da população, à natalidade, às condições e oferta de ensino, à falta de emprego e de perspetivas de futuro que atraiam e fixem população. Pode dizer-se tudo isto, mas ainda assim o assobiar para o lado não me parece uma opção.

São necessárias medidas que incentivem os jovens a estudar no nosso concelho. Desde logo para que não vão estudar para concelhos vizinhos e depois para se possa atrair estudantes ao nosso concelho.:


a. Dotar os aglomerados populacionais do Interior (Figueiró dos Vinhos) nos investimentos públicos em novas tecnologias de informação e comunicação;

b. Aumentar a oferta formativa e adaptá-la às reais necessidades da procura, jovens e empregadores; Evitar o encerramento de escolas, com base em meros critérios numéricos, sem ter em conta a realidade local;

c. Atribuir benefícios fiscais para quem contrate jovens cuja formação tenha sido ministrada em unidades de ensino de concelhos do interior (onde se incluiria Figueiró dos Vinhos);

c. ou incentivar a assinatura de contratos-programa entre as instituições de ensino do concelho, a câmara, instituições e empresas locais e o Governo central, poderão ser algumas das opções. Mas haverá muitas mais.

E, se para isso for preciso bater o pé ao governo central ou a determinados organismos, então que se bata.