COMPETÊNCIA ou a darem-nos música
Competência é daquelas palavras que ouvimos frequentemente quando as coisas não andam ou andam mal.
Sempre nos disseram que quando formos fazer alguma coisa, temos que a fazer bem, isto é, temos que ser competentes, porque se não a soubermos fazer bem a palavra seguinte é incompetência.
Na política o debate sobre o que é competência e incompetência vem de há muito.
De grosso modo a competência refere-se à posse, por parte de um indivíduo ou de uma organização, das características necessárias para se realizar uma determinada atividade. Não basta ser competente numa área é preciso ser competente na área em que se está, se não o for é incompetente.
Uma definição clássica do conceito de competência é conhecida pelo acrônimo CHA, abreviação de: Conhecimento; Habilidades e Atitudes.
Sem conhecimento a atitude as habilidades por mais que predominem não bastam.
Na política, como em outras áreas, é necessário ser-se pragmático, ver a realidade e ser coerente com ela, na medida em que se pode ser competente em determinada área e incompetente em outras. E então por cá …
Por mais que, em abstrato, uma força política seja competente ela precisa de pessoas competentes, que saibam o que fazer e que saibam trabalhar bem em equipa.
Há quem queira estar e ser, mas não é manifestamente não é capaz de ser, nem de fazer. Este ser capaz de ser e de fazer é algo que muitos desejam, mas nem todos o conseguem.
Não raras vezes a incompetência leva à negligência e desagua no amiguismo para se segurar alapado que se está no lugar, de onde só se sairá para tomar o carrossel do agora vou eu, ora agora vais tu, ou a um sentimento de daqui não saio, daqui ninguém me tira.
Não será só um problema agudo de falta de sensibilidade política ou mera incompetência, mas o de tratar os assuntos que deveriam ser de todos como se se fizesse parte de um clube de amigos. E aqui já podemos imaginar o que poderá criar de relevante este cenário clube de amigos. Rigorosamente nada.
Quem já esteve em situações semelhantes sabe que os cargos exercem-se, não se ocupam. Mas há ainda quem teime em fazer o contrário.
