Monthly Archives: Abril 2018

Requalificação da envolvente do campo de futebol

 

A simples arte de caminhar é uma atividade desde sempre do ser humano.

Figueiró dos Vinhos, a exemplo de outros Municípios deveria preocupar-se cada vez mais, com a acessibilidade garantida a todos os cidadãos com necessidades especiais (cadeiras de rodas) e com mobilidade reduzida (canadianas, bengalas), as crianças, os idosos, os carrinhos de bebé, etc.

 

Vem isto a propósito da requalificação da envolvente do campo de futebol. Em 2016, enquanto Vereador na Câmara Municipal defendi que toda essa área deveria ser requalificada, até ao Restaurante Figueiras e deste aí até à rotunda /entrada da vila  (Av. Heróis do Ultramar).

Defendi a requalificação de toda a área com a introdução de um passeio/ciclovia que permitisse caminhadas e não só, porque são muitos os Figueiroenses que poderiam usufruir deste espaço renovado. Ver AQUI

 

Obra que deveria requalificar toda a recta, da Rotunda até ao Rest. Figueiras e deste até ao Bairro de São joão

 

A vila ficava mais bonita, os peões caminhavam em segurança e os muitos Figueiroenses que fazem caminhadas, principalmente ao final do dia, agradeciam.

A Câmara PS assim não quis e optou por requalificar apenas uma parte, a do campo de futebol.

Dessa parte falamos, hoje, de duas opções que, salvo melhor opinião, não se entendem.

Uns vão dizer que está tudo muito bem. Outros, por ventura, concordarão comigo.

Para aqueles servis, dotados de instinto canino prontos a atacar ao menor sinal do dono, que não sendo exclusivos do “habitat” Figueiroense estão impregnados de um “lambebotismo” útil ao regime que se faz notar quando alguma bota dá sinal de querer ser lambida, sempre direi que esta é uma obra interessante, que apoio e que valoriza a Vila e o concelho.

 

Não obstante, olhamos, vemos e reparamos.

Passeio.

Por definição, um passeio, é uma superfície da via pública que ladeia a faixa de rodagem e que se destina à circulação de peões.

Quando se faz um passeio deve ter-se em consideração os vários tipos de peões (pessoas)  que irão utilizar esse passeio para caminhar ou, simplesmente, passear. Se grande parte das pessoas o pode fazer livremente, muitas há que têm dificultar em andar e se movimentar.

Um passeio deve ser, por isso, adequado a todas as pessoas. Um passeio adequado é aquele que garante o caminho livre, em segurança e é confortável para todos os que o utilizam.

Um passeio adequado é, também, aquele que garante a todos, sem excepção, a liberdade de caminhar e passear pelo passeio e não deparar de frente com postes de candeeiros, árvores, canteiros e outros que lhe impeçam ou dificultem a passagem.

Ora o que se está a fazer na requalificação da envolvente do campo de futebol, uma obra que custa 757.068,41€, é, salvo melhor opinião, incompreensível.

O que lá está:

 

Para os que só vêem os bonecos as fotografias que se seguem foram tiradas no dia 23 de Abril de 2018

Os passeios inadequados e os locais inacessíveis prejudicam a circulação das pessoas, principalmente daquelas com dificuldade de locomoção. O principal objetivo do passeio deveria ser o de facilitar a circulação dos peões e proporcionar-lhes segurança e comodidade e não o contrário.

Por isso, é de grande importância que os passeios tenham superfície regular, contínua, firme e antiderrapante e sejam executados sem mudanças abruptas de nível ou inclinações.

A Câmara Municipal deveria seguir um projeto claro de acessibilidade para proporcionar a todos os Figueiroenses não só uma melhor qualidade de vida, mas uma Vila mais bonita e com um acesso seguro aos espaços urbanos, de forma a contribuir para melhorar a paisagem e a socialização dos espaços públicos.

Se um passeio é adequado e acessível a uma pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, poderemos afirmar, com segurança, que qualquer cidadão conseguirá usufruir desse espaço. Assim como está, apenas os mais ágeis podem usufruir destes passeios.

 

Árvore com (caldeira)

São vários os problemas que lhes estão associados, nomeadamente a incorreta localização, (no meio do passeio) a falta de grelha ou ainda a danificação de pavimento envolvente quando árvore está muito junto à berma, muitas vezes pelo crescimento abrupto da própria árvore e raízes que se ramificam pelos passeios. Sendo as árvores elementos fundamentais na qualidade do espaço, as mesmas não devem constituir um problema. A falta de proteção das suas caldeiras, pode originar frequentes acidentes com quem ali passa, uma vez que sem a referida proteção, se constituem como buracos/desníveis que são autênticas armadilhas.

Seria melhor que as caldeiras tivessem uma grelha para evitar eventuais acidentes e permitir uma circulação mais desimpedida.

 

Exemplo:

 

Candeeiros de iluminação pública.

 

Os candeeiros de iluminação pública, sendo fundamentais na qualidade do espaço público assumem-se aqui como elementos condicionadores da circulação pedonal. De facto, encontram-se localizados no centro do passeio interrompendo um percurso que deveria ser acessível e cómodo.

Daí que as árvores e os candeeiros deveriam ser sempre que possível, e ali há espaço para isso, ser colocados em corredores de infraestruturas, de forma a facilitar a utilização do passeio.

 

Exemplo A

 

Exemplo B de candeeiros que não estão no centro do passeio

 

Os postes com os candeeiros deveriam, salvo melhor opinião, ser colocados fora do canal de circulação pedonal e não no meio como estão agora. (fotos abaixo)

 

Passeios estreitos

Independentemente de cumprirem ou não as dimensões exigias por lei, numa obra nova penso que não há necessidade de se construírem passeios que não sirvam as pessoas e a sua principal função, caminhar e passear. Passeios que se tornam ainda mais estreitos com árvores e candeeiros inseridos no centro desses mesmos passeios.

Assim, o que temos são passeios estreitos, que não proporcionam devido às árvores e postes dos candeeiros a livre circulação de pessoas. Não permitem, ainda em alguns espaços, o cruzamento entre duas pessoas, impedem em alguns sítios a passagem de outras e dificultam a sua utilização por pessoas que transportem objetos volumosos, ou que se desloquem com a ajuda de cadeira de rodas, muletas ou andarilhos.

Independentemente do que se possa vir a fazer – em complemento – na parte de dentro e junto a este passei, levar as pessoas a fazer slalom ou dificultar – a quem tenha menos mobilidade –  o usufruto daquele espaço por todos não me parece uma boa opção. Mas …

 

 

Passeio confortável e acessível

O material de revestimento dos pavimentos deve ser estável, durável, firme e contínuo de forma a acentuar os pressupostos de segurança e conforto. Será este o caso !?

 

Para além do “problema” do passeio junto à estrada, há ainda uma outra situação que se prende com um outro passeio desta vez no parque de  Skate.

O parque de Skate construído pela Junta de Freguesia tem por objetivo despertar os jovens para a prática desportiva, promover estilos de vida saudáveis e proporcionar-lhes a oportunidade de experimentarem outras modalidades, ditas radicais, como o skate, os patins em linha ou a bicicleta BMX.

Acontece que agora o parque de Skate foi atravessado por um passeio. A manter-se o espaço inicial (dimensões) do parque quem por ali passar está sujeito a apanhar em cima com um praticante. Enfim …

 

 

Independentemente do que se venha ou não a fazer ali, há certamente aspectos a melhorar.  A ver vamos…

 

 

 

 

 

Câmara Municipal dá trambolhão no Ranking Nacional de Transparência 2017

 

 

O Índice de Transparência Municipal (ITM) permite ao cidadão e ao decisor aferir o grau de transparência do seu município.

A Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos cai no ranking de 2017, ontem divulgado, 59 posições relativamente a 2016, ano em que ocupava a posição 118.

 

Figueiró dos Vinhos ocupa no Ranking Nacional de Transparência 2017 a posição Nº.177 entre as 308 Câmaras Municipais. Significa isto que Figueiró dos Vinhos é portanto o 131º Município menos transparente no acesso à informação pública, na relação com os Figueiroenses, na contratação pública, entre outros critérios de avaliação do referido estudo técnico.

 

O Índice de Transparência da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos é de 46,56% em 100 pontos percentuais possíveis, ou seja, a Câmara tem nota negativa neste exame de avaliação de Transparência Nacional.

 

Na Revista da Câmara Municipal “EM FOCO”,  nº 6, (imagem abaixo) o executivo municipal vangloriava-se de que em três anos tinha subido 53 posições. Constata-se, agora, que em apenas um ano a Câmara Municipal deu um trambolhão de 59 posições. Para além de perder todos as posições que tinha subido, perdeu mais 6 e ainda conseguiu a proeza de obter a pior posição desde que o Ranking foi publicado, pela primeira vez em 2013. É obra!

 

Revista da Câmara Municipal “EM FOCO” , nº 6 , pg. 20 e 21

 

Não se pode deixar de lamentar este trambolhão e a má posição da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos neste Ranking Nacional que mede o IMT, revelando-se a 131ª Câmara menos transparente do País.

 

Este trambolhão de 59 posições em apenas num ano, mostra que o caminho escolhido por quem governa o concelho é errado e com claro prejuízo para a imagem do concelho e para a relação entre a autarquia e os Figueiroenses.

 

Infelizmente este não é o único estudo em que Figueiró dos Vinhos cai e está mal.

No estudo que a Bloom Consulting divulgou no passado mês de Março,  em termos globais, e  analisando as categorias Viver, Visitar e Negócios, Figueiró dos Vinhos desceu 44 lugares relativamente a 2014 e um relativamente a 2017 e ocupa, agora, o 259º lugar entre 308 Concelhos. Ver AQUI e AQUI

 

Também os últimos dados revelados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística relativamente ao poder de compra são muito penalizadores para o nosso Concelho ao revelar que Figueiró dos Vinhos tem vindo a perder poder de compra quando comparado com o ano de 2013, sendo mesmo o mais baixo dos concelhos vizinhos de Pedrogão Grande, Castanheira de Pêra, Ansião, Sertã ou Pombal. Ver AQUI

 

 

Nota: O Índice de Transparência Municipal (ITM) foi criado para se tornar uma ferramenta de capacitação dos cidadãos, promovendo um maior envolvimento na vida autárquica e uma melhoria da qualidade da democracia local. Desenvolvido pela Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC) e os seus parceiros, o ITM é publicado desde 2013. Ver AQUI

 

A publicação de um ranking de municípios tem por objetivo criar pressão social e incentivos para as autoridades locais melhorarem as suas ferramentas de comunicação e interação com os cidadãos, com vista a uma governação mais aberta, responsável e participativa.

 

Relatando anualmente o grau de informação que o Poder Local disponibiliza a todos os cidadãos, o ITM avalia, para nós, o seu nível de transparência: “Faculdade de tornar públicos todos os atos do governo e dos seus representantes para providenciar a sociedade civil com informação relevante de forma completa, atempada, e de fácil acesso (i.e. online).” Ver AQUI