Monthly Archives: Novembro 2017

Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar.

 

“Se puderes olhar, vê. Se puderes ver, repara”

Esta frase de José Saramago levou-me a um poema “Cantata da Paz” de Sophia de Mello Breyner Andresen,  e à frase “Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar”.

 

O Plano e Orçamento para o ano de 2018 foram ontem publicamente apresentados e discutidos na reunião de câmara.

 

O Plano e o Orçamento são , de uma forma muito simplista, documentos que contêm aquilo que se pretende fazer em 2018 e os respectivos meios financeiros para o conseguir realizar.

 

Tudo normal se não fosse a “polémica” premissa que terá presidido à sua elaboração, que de certa forma o justifica e que está escrita na página 9 do Relatório do Orçamento:

 

“A aplicação em pleno dos diversos programas aprovados no âmbito dos fundos de apoio comunitário “Portugal 2020”, associado a um amplo conjunto de intervenções relacionadas com os trágicos acontecimentos de 17 de junho de 2017 e dias seguintes cujo impacto no concelho de Figueiró dos Vinhos é reconhecidamente marcante, tornam o ano de 2018, claramente como um ano de extraordinário investimento.”

 

Ao olharmos, vemos, reparamos e não podemos ignorar. Até custa a acreditar mas está lá, preto no branco.

 

Seria anedótico se não fosse trágico e indecoroso afirmar que os incêndios até vão ser positivos para o investimento em 2018.

 

No fundo, o que se pensa e escreve com todas as letras é que os incêndios, de 17 de Junho e dias seguintes, não foram uma tragédia local e nacional porque neles morreram 64 pessoas e se destruíram floresta e bens, mas foram, segundo parece, um alívio para o orçamento da Câmara e um acontecimento positivo que permite “tornar o ano de 2018, claramente como um ano de extraordinário investimento”.

 

Ao procurar-se justificar desta forma o investimento previsto para o próximo ano está-se não só a insultar quem sofreu com esta tragédia, mas  a humilhar a memória das vítimas – mortos e feridos – e das suas famílias.

 

Muitos não perceberão como é que se pode pensar e escrever isto como, certamente, não perceberão a actual governação se não olharmos e repararmos no enorme conjunto de equívocos que está por detrás dela.

 

Num outro país e com outros protagonistas estas afirmações teriam outras consequências que não só a do repúdio e a da censura pública.

 

 

 

 

Prazo médio de pagamentos da Câmara Municipal

 

 

Ao olharmos para a lista divulgada pela DGAL – Direcção Geral das Autarquias Locais reparamos que a Câmara de Figueiró dos Vinhos está apagar cada vez mais tarde

 

Em  Dezembro 2013 ( executivo PSD)  pagava a  81 dias.

No  final do 3º trimestre de 2017  (executivo PS) está a pagar a 156 dias.

 

Nos termos da legislação em vigor, nº 4, do artigo 23º do Decreto-Lei nº 25/2017 de 3 de março, compete à DGAL – Direcção Geral das Autarquias Locais,  divulgar trimestralmente a lista dos municípios que tenham um prazo médio de pagamentos (PMP) superior a 60 dias.

 

Os dados utilizados foram retirados da aplicação informática SIIAL em 20 de outubro de 2017, de acordo com a informação reportada pelos municípios.

 

Em Dezembro  2013 era assim     Clique   AQUI

Em Outubro de 2017 é assim       Clique   AQUI

 

ECO on-line-  Clique AQUI

 

“O PROBLEMA DOS ELEVADOS PRAZOS MÉDIOS DE PAGAMENTO

A análise do prazo médio de pagamento é de extrema importância no âmbito do controlo e gestão financeira das empresas. A liquidação atempada dos créditos promove boas práticas entre as organizações e fomenta a construção de relações comerciais e de parcerias mais fortes.

A regularização atempada das obrigações é fundamental para a gestão do fluxo de caixa dos negócios.

O atraso no pagamento implica encargos financeiros adicionais, obrigando as empresas a controlar os custos motivados pelo diferimento no recebimento dos créditos.

O atraso no pagamento tem implicações sobre a competitividade e a viabilidade das empresas, e pode levar ao fracasso de empresas com bastante potencial económico. Os problemas de liquidez das empresas podem resultar em inúmeras falências ao longo de toda a cadeia de valor. O atraso no pagamento em períodos de recessão económica têm um impacto no tecido empresarial superior, porque o acesso ao financiamento se torna ainda mais difícil.

São as empresas com menor dimensão e menor poder negocial, as mais afectadas pelos atrasos de pagamento, uma vez que são as mais vulneráveis, devido às alternativas limitadas de recursos de tesouraria, à falta de um sistema de gestão de crédito adequado e ainda à carência de recursos legais para tratar do problema dos atrasos de pagamento.”

In Portuguese Entrepreneurs

 

 

 

 

 

 

 

Autarquias vão poder integrar precários já em 2018

Autarquias vão poder integrar precários já em 2018

 

Os trabalhadores Figueiroenses precários que reúnam as condições necessárias para usufruir do diploma agora aprovado devem exigir a sua integração.

 

As autarquias, Câmaras e Juntas de Freguesia, vão poder integrar pessoas com vínculos precários já em 2018, a exemplo do plano especial que já está a decorrer para a Administração Pública.

O diploma foi aprovado em outubro e quando for promulgado e publicado, as autarquias vão poder desencadear o processo para integrarem nos seus quadros os trabalhadores precários que entenderem ser necessários.

A lei abrange as pessoas que exerçam ou tenham exercido funções que correspondam a necessidades permanentes de órgãos ou serviços de autarquias locais, com horário completo, sujeição ao poder hierárquico, à disciplina ou direção desses órgãos, serviços ou entidades, sem vínculo jurídico adequado.

A decisão de quem será integrado nos quadros será da inteira responsabilidade das autarquias, Câmaras e Juntas de Freguesia.

São 298 municípios, dos 308, e em 1872 freguesias, das 3092, em que foram identificadas situações de trabalho a tempo inteiro com vínculos precários. A maioria dos precários trabalha para as câmaras municipais, 9479 postos de trabalho (61%). Nas freguesias, são 5387 pessoas o que corresponde a  (35%).

A maioria dos precários do poder local são assistentes operacionais (72%), técnicos superiores (15%) e assistentes técnicos (12%). Concentram-se sobretudo em tarefas higiene, limpeza e manutenção de espaços verdes e na educação.

Sabendo que os processos de regularização serão conduzidos e decididos em cada autarquia, isto é por cada Câmara Municipal ou por cada Junta de Freguesia a organização e mobilização dos trabalhadores é decisiva, a par da dos Partidos Políticos, na oposição, que têm o dever de escrutinar quem está no poder e exigir transparência e informação nesta matéria.

É importante saber o que foi feito, neste caso pela Câmara Municipal e Juntas de Freguesia, no que toca à Resolução do Conselho de Ministros nº32/2017, que refere no seu ponto

“6 – Em complemento ao relatório previsto no artigo 19.º da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, a Direção-Geral das Autarquias Locais procede, até 31 de outubro de 2017, a um levantamento junto das autarquias locais sobre todos os casos relativos a postos de trabalho nos termos referidos no n.º 2, por forma que as mesmas possam beneficiar, de acordo com as suas especificidades, dos instrumentos criados no âmbito deste programa.”

A Câmara Municipal deve divulgar o número e as pessoas referenciadas no levantamento feito pela DGAL. Este passo é essencial para lançar finalmente  o processo e conferir a necessária confiança, sabendo que neste momento estes trabalhadores vivem uma situação de grande ansiedade e incerteza.

Como disse acima a decisão de quem será integrado nos quadros será da inteira responsabilidade das autarquias, Câmaras e Juntas de Freguesia e isso é demasiado importante para ser deixado só ao critério de quem está no poder.

A pressão sobre a Câmara Municipal e Juntas de Freguesia para se saber que as pessoas indicadas (se é que o foram)  são todas aquelas que tinham direito a sê-lo e para se implementar um programa de regularização transparente e justo é um imperativo que se impõe  para evitar eventuais injustiças, compadrio, partidarite e omissões com claro prejuízo para os Figueiroenses que podem usufruir desse direito.

 

 

 

MAIS UMA VEZ, FIGUEIRÓ DOS VINHOS FICOU DE FORA !

MAIS UMA VEZ, FIGUEIRÓ DOS VINHOS FICOU DE FORA !

Figueiró dos Vinhos  ficou de fora das melhores práticas das autarquias portuguesas por terem medidas amigas das famílias, como apoios à maternidade e paternidade  de conciliação entre trabalho e família,  serviços básicos, educação, habitação, transportes, saúde, cultura, desporto e tempo livre e participação social.

“Autarquias + Familiarmente Responsáveis são o reflexo do empenho do poder local na sustentabilidade do futuro. As famílias como base de uma sociedade sustentável são o futuro, para assegurá-lo as autarquias deverão, sobretudo, proporcionar uma maior capacidade de resposta às suas necessidades tendo em conta o papel vital que desempenham”.

Temos um exemplo de um Município próximo, Pombal, que recebe a distinção de “Autarquia + familiarmente responsável” há dois anos seguidos.  AQUI

Deveria ser assim em Figueiró dos Vinhos, mas não é. Lamento.

Saiba mais sobre o caso de Figueiró dos Vinhos em: http://www.observatorioafr.org/medidas.asp…

 

 

 

 

A dignificação do Pelourinho de Aguda está dificil

 

Num tempo em que se propagandeia tudo não há quase nada que não seja motivo para que se faça festa. As inaugurações são com gastos para o erário público, muita das vezes, uma manifestação propagandística que se vem a revelar não ter qualquer utilidade prática a não ser a de associar o nome de alguém a determinada acção como se fossem eles os doadores de tal dádiva e não os dinheiros públicos pagos por todos nós.

Assistiu-se, hoje, a uma inaudita e insólita “inauguração”. A mudança, de alguns metros, de um Pelourinho de um local para outro.  Assim e sem que houvesse o cuidado de se proceder à requalificação adequada do espaço, de procurar responder às necessidades públicas de segurança e de dignificação e preservação do património classificado e sem cuidar de fazer obra que nos enriqueça turística e culturalmente.

O que aconteceu foi  um acto propagandístico nada dignificante e que basicamente deixa tudo na mesma, no que toca ao essencial. Um acto que responde ao propagandear é preciso e ao inaugurar é necessário mesmo que se chegue ao ridículo de se inaugurar uma “obra” inacabada. Quiçá a pensar-se já numa reinauguração mais próxima de um acto eleitoral. Já vimos que tudo é possível.

Isto só acontece para distrair do que é verdadeiramente importante para as pessoas do nosso concelho e que não há: instalação de empresas, mais emprego, mais e melhores cuidados de saúde, mais e melhor qualidade de vida.

Ao longo dos últimos anos tenho alertado e defendido, por diversas vezes, a dignificação do Pelourinho de Aguda. Pode ver-se dois exemplos   AQUI   e   AQUI

A mudança do Pelourinho, a fazer-se,  deveria ser sustentada numa lógica de intervenção em torno de duas referências estruturais: identidade e território.

A identidade, porque deveria procurar a valorização e a dignificação da memória de uma comunidade, sem qualquer tipo de preconceito quanto à sua anterior função/uso.

De território, porque deveria alargar o seu novo contexto ao espaço geográfico da Freguesia de Aguda, sem deixar de contextualizar essa localização no Concelho de Figueiró dos Vinhos e no património classificado da região.

Em suma, a mudança de lugar do Pelourinho não deveria ter sido só uma mudança de alguns metros. Assim e sem mais. Essa oportunidade deveria ter sido valorizada associando-lhe a requalificação, com a necessária protecção, do espaço onde esta inserido e incorporando-lhe, igualmente, o património imaterial e a dimensão humana que está, naturalmente, relacionada com ele e com a sua função histórica.

Infelizmente é o que temos.

 

 

 

Figueiró dos Vinhos está a empobrecer quando comparado com 2013

FIGUEIRÓ DOS VINHOS TEM O PODER DE COMPRA MAIS BAIXO DOS CONCELHOS VIZINHOS

O Concelho está a empobrecer

O Instituto Nacional de Estatística (INE), disponibilizou os mais recentes  dados sobre o Poder de Compra de cada concelho.  Veja como o poder de compra do seu concelho compara com o resto do país

 

Os valores foram revelados esta sexta-feira, dia 10 de Novembro de 2017, pelo INE e o Jornal de Negócios disponibiliza-os agora em mapa, para que possa ver os valores de todos os concelhos, bem como a evolução registada em cada um dos anos.

Vale a pena olhar e reparar nos dados que são apresentados.

Figueiró dos Vinhos embora continuando  muito abaixo da média nacional estava num processo de recuperação que foi interrompido a partir de  2013 como mostram os números do gráfico e do quadro abaixo.

O PS trouxe empobrecimento ao Concelho.

Figueiró dos Vinhos, infelizmente,  tem vindo a perder poder de compra quando comparado com o ano de 2013.  Estamos, mesmo abaixo, dos concelhos vizinhos de Pedrogão Grande, Castanheira de Pêra, Ansião, Sertã ou Pombal.

Este é um facto resultante de uma politica de faz de conta  levada a cabo nos últimos anos e que não passa no teste da realidade. Não seriam precisos estudos para chegar a esta conclusão. Os Figueiroenses sentem isso mesmo na carteira, na falta de emprego, na desertificação do concelho. Todos os dias. Este resultado, mau para Figueiró dos Vinhos, mau para os Figueiroenses, vem dar razão aquilo que temos vindo a dizer ao longo dos últimos quatro anos. Muita propaganda, muita cosmética, muita desculpa, muita ilusão e os resultados estão à vista. Se este é o futuro que vão continuar a construir, estamos conversados.

Já dizia Marrk Twai,” É mais fácil enganar as pessoas  que convencê-las de que elas foram enganadas”

O que digo, o que sempre dissemos,  é que é possível construir um presente e um futuro totalmente distinto daquele a que assistimos nos últimos anos. Para bem do nosso concelho. Para bem das Pessoas.

 

Nota: Poder de compra é a capacidade de adquirir bens e serviços com determinada unidade monetária. Por exemplo, se alguém entrasse num supermercado com 100 euros  no ano de 2013 e conseguisse comprar um quantidade maior de produtos do que nos dias de hoje, isso significa que essa pessoa  tinha maior poder de compra  no ano de 2013 do que em 2017.

 

Clique para ver o Mapa  AQUI

Como ler o mapa: Ao passar o cursor pelos vários municípios, vê o indicador do poder de compra per capita (IpC) relativo ao período mais recente (neste caso 2015). Ao seleccionar um município, vê o gráfico  da evolução do indicador nos anos mais recentes. O valor de 100 corresponde à média nacional.Pode ainda alterar a legenda, para ver apenas os municípios que apresentam valores para o intervalo definido. Para isso tem que arrastar o cursor, que se situa a vermelho na parte inferior da legenda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os melhores sítios para fazer empresas em Portugal

 

A revista Exame divulgou  os melhores sítios para fazer nascer empresas em Portugal.

Conheça o mapa do empreendedorismo nacional e descubra onde estão as incubadoras que acolhem startups. Há mais de 130 instituições que apoiam os empreendedores em todo o país: Estão em universidades ou empresas, apoiadas por municípios ou associações sem fins lucrativos. Ajudam a transformar ideias em negócios e a angariar investimento

Figueiró dos Vinhos, através do Centro Investe,  consta na lista e bem. Parabéns. Oxalá que não nos fiquemos apenas pelas “vitórias morais” e que  este reconhecimento possa transformar-se em instalação de empresas com a consequente geração de emprego e a esperança de  estancar a desertificação que se verifica no concelho nos últimos anos.

Revista Exame AQUI

 

 

 

 

 

 

Os preços de venda das casas em Figueiró dos Vinhos e nos outros concelhos

O INE (Instituto Nacional de Estatística)  disponibilizou hoje, dia 31 de Outubro, pela primeira vez, os preços de venda das habitações em todos os concelhos do país. O Negócios  publica os dados em mapa para que conheça os valores do seu município.

Lisboa é o mais caro, com um preço médio de venda de 2.231 euros por metro quadrado. Figueira de Castelo Rodrigo é o concelho com os preços mais baixos (106 euros por metro quadrado).

Figueiró dos Vinhos apresenta um preço de 353 € por metro quadrado.

Clique AQUI para ver o mapa

Como ler o mapa: Ao passar o cursor pelos vários municípios, vê o preço médio de venda por metro quadrado relativo ao período mais recente (neste caso segundo trimestre de 2017). Ao seleccionar um município, vê o gráfico  da evolução dos preços nos trimestres mais recentes. Pode ainda alterar a legenda, para ver apenas os municípios que apresentam valores para o intervalo definido. Para isso tem que arrastar o cursor, que se situa a vermelho na parte inferior da legenda.